segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

SETE DE ESPADAS: FIGURA INCONTORNÁVEL!

 




SETE DE ESPADAS

(1921 – 2008)

 

“José Manuel da Piedade Lattas, natural da Chamusca (Ribatejo), adepto desde a primeira hora da problemística policiária. Bom produtor, decifrador, notabilizou-se essencialmente como seccionista a quem o policiário muito deve. Editor sem sorte.”.

Assim foi apresentado o Sete de Espadas, em traços muito gerais, pelo “mestre” M. Constantino, produtor e ensaísta, na sua obra de maior folego “O Grande Livro da Problemística Policiária”, uma edição da Associação Policiária Portuguesa.

Esta definição, no entanto, não revela a verdadeira dimensão do Sete de Espadas, como principal divulgador da prática policiária.

Durante todo este ano de 2021, comemorando o primeiro centenário do seu nascimento, iremos prestando preito a este enorme vulto que marcou várias gerações de amantes do policial, nas suas diversas dimensões.

Vamos dar, novamente, a palavra ao “mestre” Constantino, que escreveu, pouco antes do seu próprio falecimento, no seu blogue “Policiário de Bolso”:

 

SETE DE ESPADAS (1921-2008)

 

1 de Fevereiro de 1921, data de nascimento de Sete de Espadas ou Tharuga, pseudónimos usados respectivamente para o policiário e para o charadismo de Manuel José Lattas, natural da Chamusca, Ribatejo.

 

Iniciou-se no policiário no princípio da década de 40, na secção dirigida por Repórter Mistério (Gentil Marques). Foi amor à primeira vista, amor para ficar e se desenvolver. Não só abraçou a modalidade de solucionista como a de Produção. Nesta última modalidade é de relevar, a par de outros, o título de Campeão Nacional, no II Torneio Nacional de Problemística Policiaria, disputado em 1958, com Lúcifer Interveio na História. Com vocação especial para o relacionamento com a juventude, vê, com satisfação, os mais jovens de ontem tomarem-se os Homens de hoje! Pode orgulhar-se de, até hoje, ser o homem que mais Secções Policiárias dirigiu e mais convívios entre policiaristas organizou, desde as Tertúlias dos cafés às visitas a vários locais do país, em plena e franca confraternização.


Dirigiu a primeira Secção no Jornal de Sintra (1947), com o título, predilecto, de Mistério e Aventura; em 1948, aparece no Camarada, com nova Secção; em 1953, são as Secções do Guião, Em fim de Livro... na Colecção Xis, a da Lente (propósito editorial próprio!); em 1954, no Cavaleiro Andante, com a Página Dezassete e o pseudónimo de Misterioso C. A.; em 1956, no Jornal do Sporting. Uma pausa para ganhar fôlego, surgindo, em 1975, na revista Crime (editada pelo Inspector Varatojo), no Mundo de Aventuras Especial, na Secção Mistério Policiário do Mundo de Aventuras (de 1975 a 1986), no Jornal O Crime (1989 a 1994) — e no mesmo com a Secção Édipo e a Esfinge, de 1995 até ao falecimento em 9 de Dezembro de 2008. Dias antes, já muito doente, ainda prometia um torneio policial para aquela secção a iniciar em 2009.


Lutador incansável, não esquecemos que criou e manteve com muita dedicação, durante 32 números, debaixo de canseiras e dificuldades monetárias que se adivinhavam, uma revista própria — o seu maior sonho — a XYZ.


O Sete de Espadas está referenciado como um dos três grandes do policiário português: Repórter Mistério, o introdutor do enigma em Portugal; Artur Varatojo, o divulgador nos jornais, rádio e televisão; e Sete de Espadas que expandiu o policiário português e lhe deu expressão, o homem que mais adeptos conseguiu captar — iniciou, manteve e reconduziu muitos dos afastados para a modalidade.

O SETE marca três gerações de aplicação do poder do raciocínio e profunda amizade.

 

M. Constantino

 

 

 

1 comentário:

  1. ***** SETE DE ESPADAS, O MÁGICO E FANTÁSTICO "SETE"! A sua história é conhecida... muitos dos seus "Príncipes Solucionistas de 1977" do "Mistério... Policiário" (Mundo de Aventuras) são, nos tempos correntes, os herdeiros da sua magnitude em prol do POLICIÁRIO! Uma vez foi até Burgau (gozava, sempre, férias em Lagos e adorava a Praia de D. Ana), à residência dos meus Pais... comeu "Lulas Cheias" (lulas recheadas) cozinhadas pela minha querida Mãe e... deslumbrado... passou anos e anos... a falar no "assunto"! GRANDE "SETE"!! ÚNICO!! - O Gráfico

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