Primeiro como A. Raposo e mais tarde como A. Raposo & Lena, numa homenagem à importância da sua mulher nos seus êxitos policiários, este detective esteve sempre na linha da frente de todos os acontecimentos da nossa actividade, desde tempos bem remotos, com o Sete de Espadas, no Clube de Literatura Policial.
Solucionista muito frugal, parco de grandes desenvolvimentos, limitava-se ao essencial e assim, muitas vezes, perdia no confronto para as melhores soluções, ainda que revelasse, quase sempre, uma enorme ironia e um humor bem refinado.
Também foi um excelente produtor e conviva, impulsionador da Tertúlia Policiária da Liberdade e presença, com a inseparável Lena, em praticamente todos os convívios policiários, até ao seu falecimento em Fevereiro de 2020.
UMA MANSÃO INGLESA
ResponderEliminarPor: A. RAPOSO (Lisboa)
SHORT - STORY
Era o que se podia chamar de uma mansão inglesa.
Buganvílias no jardim. Chuva miúda, um ar pesado e tétrico.
O mordomo, velho, gordo, à porta.
Na sua mão direita um machado ensanguentado.
Tinha acabado de matar a sua velha patroa, ainda de sangue real, mas pouco azul, como se notava pela cor que escorria da lâmina.
«My god» — exclamou o mordomo — olhando o céu com um olhar vítreo.
— «Porque será sempre o mordomo o principal suspeito?»
O DETECTIVE / ZONA A-TEAM
N.º 187 (30.JULHO.93)